segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

de Clarice, sempre ela...

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo. 
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais
para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! 
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: 
- E daí?
EU ADORO VOAR!



A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR! 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Lua cresce no céu de Friburgo


estou repassando de um e-mail belíssimo que recebi de uma amiga minha, que por sua vez também recebeu de outra amiga esse texto extremamente reflexivo e importante. Como tudo que eu posto aqui, reflete em parte meus pensamentos, compartilho em muitos aspectos desse ponto de vista, como produtora de práticas sociais que instigam a formação de um pensar crítico e elaborativo sobre nossa realidade.



A Lua cresce no céu de Friburgo

9 de fevereiro de 2011, lentamente a lua volta a crescer no céu de cada um de nós. Assim, mais ou menos de forma direcionada, mantemos nossos movimentos cotidianos externos. Cada um de nós, repletos de memórias densas, importantes e fecundas, lida como pode, no fundo da alma, na noite profunda de nosso interior com a riqueza doída e luminosa de estarmos vivendo 'estes dias' de nossas vidas, nestas serras queridas.
Nos últimos dias, algumas pessoas e a mídia em geral têm usado, em nome do desejo de criar uma onda positiva, otimista, uma frase que me dói: "Estamos finalmente voltando ao normal". Como assim, voltando ao normal? Se o normal é como era antes, não posso aceitar que voltemos a ele. O normal de antes era feito de muitos interesses separados; seja por grupos sociais e econômicos; seja por grupos de famílias; seja por religiões ou entre pessoas 'do bem e do mal'. O normal de antes era civilmente muito solitário, era feito de conselhos municipais esvaziados, envelhecidos antes de florescerem; era feito de instituições sociais importantes e maduras, atuando ingenuamente em nossa sociedade. O normal de antes tinha muito pouco tempo para solidariedade, para servir ao outro acima de tudo. E que fique claro, quando falo servir ao outro, não estou dizendo servir ao outro que precisa, que é pobre. Estou falando em construir uma sociedade de tal forma, que não se produza o acúmulo de bens por uns poucos. O normal de antes não tinha tempo para longas, gostosas, profundas e preguiçosas conversas ao redor da mesa de refeições ou na calçada de casa.

Sem dúvida, o normal de antes também tinha práticas de grande valor humano e potencial transformador. MAS...pouco, muito pouco, diante do tamanho da tarefa.

Nestes dias vivemos fora do normal. Ah, com certeza vivemos.

Nestes dias que passamos sem eletricidade, pude reaprender sobre o silêncio de nenhum motor funcionando, de nenhuma rede virtual ativa, de nenhum aparelho áudio visual emitindo estímulos; pude sentar com minha família, amigos e desconhecidos, na penumbra da luz de raras velas, e suspirar sob o sentimento humilde do tamanho dos meus braços, de minha força real de transformação e de ser ajuda. A eletricidade amplia nossa força de atuação e também nos ilude sobre nosso tamanho.
Nestes muitos dias que passamos sem água encanada e potável, pude reaprender sobre tudo que se lava com dois litros d´água (medida das muitas garrafas pet que me chegaram). Pude conviver com os meus dejetos (urina e fezes) e os de minha grande família, guardados dentro de nossos belos vasos sanitários sem água e sentir a fragilidade e insanidade de nossa civilização que sequer sabe lidar com as fezes, a não ser dando descarga e se esquecendo delas. Pela falta d´água pude aprender os nomes de meus vizinhos, que comigo partilharam a água que tinham.
Nestes dias, no meio da lama fedida, buscando corpos, lavando corpos, enterrando corpos de pessoas amadas, pude aprender sobre o amor.  Amor como cuidado; amor como honra ao que vive no outro, seja isto fato presente ou memória.  A crueza inesperada das situações que vivemos não poderá ser expressa por palavras jamais, está muito além delas. O sentimento do que vivemos está buscando seus caminhos de expressão. Fiquemos atentos! Agora é tempo de contar histórias sobre o amor que descobrimos; amor cru, desnudo, amor enlameado. Contar muitas histórias entre nós e para outros que aqui não estiveram.  Apesar da eletricidade ter voltado; apesar da água potável e encanada ter voltado; apesar de todas as redes virtuais terem voltado. Apesar de todos estes instrumentos mágicos da civilização estarem reestabelecidos, é simplesmente hora de sentar e contarmo-nos histórias, as histórias do amor que descobrimos; debaixo da lama, esta lama fecunda do que poderemos nos tornar.
Nunca mais voltarmos ao normal que era antes é o mínimo de honradez devida aos nossos queridos que se foram. Nunca mais voltarmos ao que era antes é o mínimo de responsabilidade frente a nós mesmos e a todas as crianças que sobreviveram, sobreviveram para o novo.
Nestes dias em que a lua volta a estar no mesmo lugar de um mês atrás, onde estamos nós? O que temos aprendido? Será possível caminharmos sem ingenuidades frente ao modelo de civilização que temos adotado: ele é brilhante, ilusório, desumano, inodoro, definitivamente inodoro. Nosso modelo de civilização não suporta o cheiro libertador de lama de enchente.



Sebastião Luiz de Souza Guerra - Consultor de processos de desenvolvimento, desde 1979 trabalha em instituições sociais, em especial as que atuam no âmbito da infância e juventude. É fundador da Associação Criançasdo Vale de Luz, onde desenvolveu habilidades de gestão organizacional e de apoio ao desenvolvimento de pessoas e de organizações sociais. Já atuou como professor e diretor de escolas, tendo sido diretor do Instituto de Educação de Nova Friburgo (1985/1986) e Coordenador Regional (Região Serrana do Rio de Janeiro) da FIA/RJ - Fundação para Infância e Adolescência, em 2002. Realizou estágios na área educacional na França e Suíça. É graduado em pedagogia, com especializações em Pedagogia Waldorf e Pedagogia Social. Também é músico e pratica e acredita na arte como instrumento de trabalho e de desenvolvimento pessoal e social.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sol na casa 11, lua na casa 7

O período que vai de 21/02 (Hoje) a 24/02 está associado a um sentimento de amizade que beneficia largamente sua vida amorosa.
Amigos poderão beneficiar sua vida afetiva, ou te apresentar a alguém especial, ou você poderá também se divertir com os amigos do ser amado. 
É também um momento ótimo para perceber que o ser amado também é seu amigo, e que deveria ser, antes de tudo, seu melhor amigo. 
De algum modo meio mágico, você se perceberá mais sensível em relação às necessidades alheias, e se ocupará de tentar preencher tais desejos, pois o trânsito do Sol pela Casa 11 lhe permite uma compreensão maior dos anseios dos outros. 
A Lua se encontra em harmonia ao Sol, e você estará se comunicando melhor com as pessoas a quem você ama: excelente momento para ter conversas esclarecedoras e chegar a pontos consensuais com pessoas que lhe interessem. 
A Lua na Casa 7 beneficia largamente planos futuros em comum com o ser amado.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

9 de Ouros


compreendendo o próprio valor e importância

O 9 de Ouros emerge como arcano conselheiro do Tarot neste momento de sua vida,  sugerindo que é chegada a hora de admirar os frutos das suas atitudes bem tomadas. É chegado o tempo de compreender o seu valor e sua importância, a despeito de algumas pessoas não terem olhos para isso. À medida que você toma consciência de sua singularidade e do quanto você é especial, os outros não têm escolha, a não ser lhe respeitar e admirar – e até mesmo invejar. Mas não tema a inveja, caso ela surja. As únicas pessoas não-invejáveis são as medíocres e isso é uma coisa que você não quererá ser.

Conselho: Tome consciência do seu valor pessoal!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Legislação Complementar às Leis de Murphy


"O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu"
(Lei de Nonti Pagam)
"Quando você estiver com apenas uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no bolso oposto."
(Lei de Assimetria de Laka Gamos)
"Quando tuas mãos estiverem sujas de graxa, vai começar a te coçar, no mínimo, o nariz."
(Lei de mecânica de Tukulito Tepyka)
"Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento. A bula sempre vai atrapalhar."
(Princípio de Aspirinovisk)
"Quando você acha que as coisas parecem que melhoraram é porque algo te passou despercebido."
(Primeiro teorema de Tamus Ferradus)
"Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não entendemos todas as instruções."
(Principio de Atrop Lado)
"Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam."
(Lei da persistência de Waiterc Pastar)
"Você vai chegar ao telefone exatamente a tempo de ouvir quando desligam."
(Principio de Ring A. Bell)
"Se só existirem dois programas que valham a pena assistir, os dois passarão na mesma hora."
(Lei de Putz Kiparil)
"A probabilidade que você se suje comendo é diretamente proporcional à necessidade que você tenha de estar limpo."
(Lei de Kika Gadha)
"A velocidade do vento é diretamente proporcional ao preço do penteado."
(Lei Meteorológica Barbero Pagá)
"Quando, depois de anos sem usar, você decide jogar alguma coisa fora, vai precisar dela na semana seguinte."
( Lei irreversível de Kitonto Kifostes)
"Sempre que você chegar pontualmente a um encontro não haverá ninguém lá para comprovar, e se ao contrário você se atrasar, todo mundo vai ter chegado antes de você."
(Princípio de Tardelli e Esgrande La de Mora)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Viver não dói" ou "As possibilidades perdidas"

 já havia postado esse texto antes, mas como não indexo meus posts, (nem sei fazer isso - ainda, e vai demorar um tempinho até eu ter saco pra fuçar as regras do blogger pra descobrir o tchan da coisa... ) ele ficou lá pra trás.  Uma colega amiga, do revival da escola, me reenviou, e sou muito fã da Martha, e nunca é demais refletir sobre isso que ela escreve aqui.

Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.

Martha Medeiros

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

notícia do dia

Com todo respeito a "Cidade do Samba", as cidades da Região Serrana ainda estão em luto, combatendo doenças, reconstruindo suas infra-estruturas, tudo mais... Sei que tem muito investimento em torno do Carnaval, mas a catástrofe parece que perdeu seu impacto midiático e vai sendo relegada ao esquecimento...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

9 de Copas


9 de Copas


Goze a vida!

O 9 de Copas emerge como arcano de conselho neste momento de sua vida. Trata-se de um aviso para que você possa gozar melhor os prazeres da vida, permitindo-se situações e encontros que lhe proporcionem felicidade. Você merece, após tantas coisas, passar por uma fase de satisfação do ego. Divirta-se! Procure, neste momento, afastar-se voluntariamente das coisas e pessoas que lhe causam desprazer. Estimule tudo o que lhe parecer satisfatório, principalmente no que diz respeito à satisfação dos sentidos: as coisas belas, gostosas, estimulantes. Observe também que, quando nos colocamos na direção da felicidade, muitas pessoas tentam nos dar opiniões insolicitadas, nem sempre com más intenções, que – se ouvidas – nos afastam dos nossos verdadeiros objetivos. Confiança, portanto, em sua própria intuição!

Conselho: Procure se dar prazer sem culpa. Curta a vida!