quinta-feira, 28 de outubro de 2010

OLHA O CÉU...


OLHA O CÉU CRIATURA,
NA NOITE CLARA E PURA,
FITA A LUA, OS SÓIS, ESTRELAS E PENSA,
NOS PLANETAS E COMETAS, TANTOS MUNDOS,
GIRANDO FIRMEMENTE,
NOS ESPAÇOS PROFUNDOS,
A EMOÇÃO TE INVADE A MENTE,
CRIATURA...

MUNDOS,
QUE PARECEM FIXOS, BELOS E ILUMINADOS
NA CELESTE AMPLIDÃO,
BEM DESTACADOS
MAS QUAL A FORÇA PRODIGIOSA,
FECUNDA E GENEROSA
QUE OS MANTÊM ASSIM NESTE MOVER SEM FIM
REFLETE CRIATURA
COM TERNURA
MENTALIZA DEUS
DEUS QUE TODO AMOR
AMOR QUE VENCE A DOR
QUE UNE FIRMEMENTE OS FILHOS SEUS

DEUS EXISTE!

CRIATURA GUARDA ESTA CERTEZA
NO INTIMO COM FIRMEZA
E REPETE COMOVIDAMENTE

DEUS... DEUS EXISTE,
DEUS....
 (letra de  Alexandre pela psicografia de D. Maria Isabel)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

das coisas da vida


           Tenho consciência das benesses que recebo da vida, mas também sempre trabalhei muito por tudo que me cerca, desde os 10/11 anos aprendendo as responsabilidades de uma casa, meu pai trabalhava, minha mãe passou por muitos anos com um sério problema de saúde, por fases que fui aprendendo a cuidar de mim, da casa, do meu irmão menor, até dela...
sei que a vida não é nada justa, porque muitas outras pessoas ralam pacas e não chegam aonde eu cheguei, dos confortos que hoje  posso usufruir, e que nunca sonhei que seria possível, sei também que pessoas que nada fizeram tem muito mais do que isso que  considero até luxuoso e/ou supérfluo.  
          No nosso país colonizado, alguns códigos sociais, diria até burgueses, estão muito distante dos ideias da verdadeira igualdade social que eu acredito.  O serviço doméstico ainda é um atributo eminentemente feminino, e vejo amigas e outras pessoas das minhas relações tendo ajudantes do serviços domésticos sempre empregando o trabalho feminino, gerando essa submissão e sobrecarga da má-remuneração em cascata... 
        Nas praças de alimentação dos shoppings os consumidores não se acostumam a retirar suas bandejas, um reflexo provável do que vivem em sua vida privada, sempre vai ter alguém pra recolher seus restos, a toalha molhada no banheiro, a cama desfeita... alguém que se responsabilize por suas tarefas de auto-gestão.  Se queremos ser realmente um país de igualitários, até nesses micro aspectos da vida privada, teremos que mudar essa mentalidade... 
         E acima de tudo, aquilo que torna qualquer relação especial, é o que mais falta sinto, um carinho, um alento ao coração... sou guerreira, aprendi a não depender de nada nem de ninguém... por isso eu as vezes penso ou ouso sonhar.. será que a vida não tinha que dar um pouquinho, mas só um pouquinho, do fácil, do que não envolvesse tanto esforço e desgaste? algo que viesse assim... simplesmente... pra mim, e que eu pudesse descansar por alguns momentos, sabendo que seria cuidada, pra variar? isso, para mim, é um sonho
bom, ou quem sabe?, um delírio...

sábado, 16 de outubro de 2010

Morre em São Paulo o psiquiatra José Angelo Gaiarsa

Morreu neste sábado, em SP, o psiquiatra José Angelo Gaiarsa

tive a honra e a grande felicidade de ter sido sua aluna... foi uma das experiências que marcaram para sempre meu aprendizado para além do aspecto profissional, mas para toda uma nova perspectiva da minha vida!


16/10/2010 - 14h17
JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO
Morreu neste sábado aos 90 anos o médico psiquiatra José Angelo Gaiarsa. Segundo sua neta Laura, Gaiarsa morreu em São Paulo por volta das 5h enquanto dormia. A família ainda não sabe a causa da morte.  O corpo será enterrado no cemitério da Assunção, em Santo André, onde o psiquiatra nasceu. José Gaiarsa era divorciado e deixa três filhos e oito netos.
Nascido em 19 de agosto de 1920, Gaiarsa sempre será lembrado como um iconoclasta, conforme disse seu filho Flávio à Folha.
Zeca, como era conhecido pelos amigos, falava muito contra a estrutura familiar clássica, segundo ele a maior geradora de neuroses nos indivíduos, e apoiava abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960.
Clinicou por mais de 50 anos, publicou 30 livros e por dez anos teve um quadro de televisão em que esclarecia dúvidas dos telespectadores.
Vindo de Santo André, de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, posição que manteve por toda a graduação.
Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento das relações matrimoniais era controverso.
Foi introdutor de Carl Gustave Jung e William Reich no Brasil, psicanalistas ideólogos da revolução sexual.
Seu primeiro livro, "A Juventude Diante do Sexo", veio a partir de um artigo de capa para a revista "Realidade" sobre o comportamento sexual da juventude que passava por profundas modificações.
Seu último livro publicado foi o "Meio século de Psicoterapia". Atualmente, estava revisando para reedição a obra "Respiração, Angústia e Renascimento".
Seu último prêmio foi do International Academy of Child Brain Development,do Institute for the Achievent of Human Potential, decorrente de um trabalho recém concluído sobre o desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças. 

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/815615-morre-em-sao-paulo-o-psiquiatra-jose-angelo-gaiarsa.shtml

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

o e-mail da minha amiga


 

o fato de postar aqui, não quer dizer que estou concordando em tudo com minha amiga, mas adoro e admiro essa paixão de entender o mundo.
É uma das leituras possíveis, interessante é termos várias perspectivas e aprendermos a tomar nossas próprias decisões e posturas.
citando S. :  "Também procuro fazer sinceramente a minha parte na vida. Serra não me convence e Dilma ainda não... Minha escolha não foi de agora, vem de algum tempo e acho que a "onda verde" pode ser reacionária sim de um determinada ponto de vista, que pode estar certa:  eu não compartilho. E como todo movimento político essa onda serve aos dois lados..."

Para mim, isso é democracia.

from B.:
Meninas (também mando esta msg em outro mail para outras pessoas)

Estou extremamente preocupada com uma coisa. Faz parte de mim, não adianta... Passado o domingo das eleições, após tanta sacanagem da mídia, pensei, chega! Não quero saber de mais nada até 31 de outubro, ficarei esperando alienadamente (como se isso fosse possível pra mim), e torcendo para ver minha candidata (Dilma) como vencedora. Aquela coisa de ter que aguentar a enxurrada de manipulações e etc. É insuportável. No entanto, não dá pra dormir sossegada, impossível, pois há muito mais coisa entre o céu e a terra (literalmente) do que possamos imaginar. E é esta a razão que me faz escrever agora.
Acabada a "onda verde" e após a ressaca eleitoral, começam a aparecer de onde vieram os tantos votos da candidata Marina. A questão que levanto aqui não tem nada a ver com os votantes, digamos assim, não consigo pensar numa palavra, "originais", assumidos, da Marina. Cada um tem direito ao seu voto e vcs que me conhecem sabem que eu nem precisaria estar aqui explicando isso.
Marina Silva é uma mulher inteligente e política, sabe muito bem que o PSDB se apropriou de sua imagem e a mídia fez a festa criando uma suposta onda verde. Eles sabiam de antemão que Serra tem uma rejeição enorme (todo mundo que tem memória sabe o que foi o governo FHC e o que representou o psdb no poder. Eu particularmente fico arrepiada só de lembrar). A jogada era trazer votos pra Marina e tirar da Dilma, levando Serra ao segundo turno.
Atrás da "onda verde" criada para atrair votos, incluindo uns votos de "protesto"( que eu ainda me pergunto de que??) também estava uma onda muito maior, reacionária e conservadora, também induzida pelos tucanos, infiltrada nas igrejas, principalmente as evangélicas pentecostais.
Antes que me julguem em surto paranóide :-) digo que muita gente séria saiu a cata de saber de onde vieram os tantos votos da candidata Marina. Não que ela não os pudesse ter, mas em tão pouco tempo, o que teria acontecido? São fenômenos que precisam ser explicados, até para entender o perfil dos eleitores. E o que se vê hoje em massa na Internet? Nos blogs, no twitter, no you tube, etc... Pastores pedindo voto contra Dilma, em favor de Marina, dizendo ser a Dilma contra a vida, a favor do aborto. Satanizada. Que interessante ouvir esse termo hoje, século 21. Qualquer semelhança com a inquisição não é mera coincidência. Ainda podemos ser sim, muito conservadores e reacionários. E isso também veio da ala conservadora dos católicos. Poderia colocar aqui dezenas de links, desde blog de pastores à posições até de algumas regionais da cnbb em favor da "vida".
Tudo isso começou após um debate na Folha onde se discutiu a questão do aborto. A partir daí, Serra já estava cantando hino no púlpito de uma igreja evangélica, mostrando ele em família e sendo distribuídos panfletos que afirmavam uma plataforma "satanizada" sobre Dilma.
Paranóia??? The truth is out there!!!! Não é à toa que eu adorava The X FIles!!!
Agora, além da minha preocupação da possibilidade em ver o país retroceder com o psdb, ainda tenho uma preocupação ainda maior: para onde esse pêndulo vai apontar??? Já imaginaram a força do conservadorismo? Os católicos são mais independentes. Os que são conservadores são e pronto. O restante não acata se não quiser fazê-lo. Mas os pentecostais, nossa! São cordeiros mesmo! Tenho ouvido esses dias histórias de mudança de voto por pedido do pastor, etc. Porque o pastor falou que Dilma é satanizada, terrorista, mata criancinha. Isso é assustador!!!
É, os votos da Marina que levaram ao segundo turno não foram fruto de uma onda verde, mas de uma onda requintada de conservadorismo, misturada com manipulação política, troca de favores, etc para tentar eleger o candidato tucano.
E agora Marina? Perguntava um artigo muito bom que li. Com seu histórico e seu passado, não era para ela estar em cima do muro agora. Ao contrário. Marina teria praticamente obrigação de apoiar Dilma. Desfazer o uso que fazem de sua figura e respeitar sua trajetória de postura política social nascida no PT. É pensar qual direção melhor se aproxima de seu passado e dos seus interesses sociais.
E agora, nós também! De que maneira vamos segurar esse pêndulo? Para onde vamos soprá-lo? Com o que vamos compactuar? Onde temos mais chances de sermos progressistas e mantermos nossos ideais abertos a construção de uma nação livre?
Não foi à toa que estudei psicologia, não foi à toa que me dediquei a análise institucional, não foi à toa que me sensibilizei com tantos professores torturados, que me sensibilizo com o sofrimento fabricado pela produção social de subjetividades hegemônicas no meu trabalho.
Não vou permitir que isso se propague (pelo menos vou tentar). Não vou permitir que minha luta tenha sido em vão.
O meu pêndulo vai se dirigir para a liberdade, para a vida. Sim. Vida! Hoje, ainda mais do que ontem, voto na Dilma!
bjs B.


DOIS PESOS…

Maria Rita Kehl
no jornal O Estado de S.Paulo

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.


Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.
 
 
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618576,0.php

QUESTIONAMENTOS

(...parte de uma conversa por e-mail com várias amigas/irmãs)
mas ainda tenho umas questões mal resolvidas com o PT atual, mesmo execrando com todo meu ser qualquer coisa relacionada as propostas políticas que venham do PFL (piadinha histórica)
o PT que eu amava tinha Frei Beto, Florestan Fernades, o próprio Plínio....
e não tinha Erenice, José Dirceu, Genoíno, coisas que a gente foi vendo acontecer ao longo desses oito anos...
espero poder ter outras interlocuções como essa que vc nos proporcionou, com amigos fraternos que confio e respeito a opinião, para pesar meu voto no dia das Bruxas, rsrs...
Fiquei feliz, pq votei no Chico Alencar e no Freixo, que deram uma lição pros políticos que usam a máquina perversa e ainda tem na militância consciente seu trabalho nas ruas... e tiveram tb votações históricas. 
Ao optar trabalhar na clínica, sempre tentei nortear minha prática para que tal não fosse um processo elitista, atendendo na medida do possível qualquer pessoa que batesse na minha porta, não associando preço de consulta com o ato terapêutico, por exemplo.
Minha luta foi numa outra instância, fortalecendo sempre a individuação, a cidadania, buscando tb um espaço onde a escuta de alguém que tivesse "oprimido" conseguisse desabrochar...
Sempre trabalhando tb em instituições sem fins lucrativos, trabalhos voluntários... não me fechar numa redoma...
como disse X, não é a toa que somos sisters...
como é bacana estarmos trocando isso aqui... mesmo sem termos todas as respostas...
bjs no seu lindo coração, força pra seu bom combate,
que a Força esteja com vc
servindo de inspiração e de certa forma guia pra gente,
Muss