Muitas
pessoas acreditam que para educar as crianças basta falar sobre boas
maneiras, fazer longos discursos teóricos sobre como se deve agir na
vida.
No entanto, esquecem-se da força do exemplo e negam a teoria fazendo o que desaconselham ou deixando de fazer o que ensinam.
Um
dia, dois amigos brasileiros andavam por uma rua movimentada de uma
cidade alemã, quando se detiveram há alguns metros da faixa de
pedestres.
Como não vinha carro algum, resolveram atravessar.
Todavia,
antes de chegarem ao outro lado, perceberam que uma senhora, em
companhia de uma criança, lhes falava com veemência, fazendo parecer que
reprovava aquela atitude.
Como
não entendiam a língua alemã perguntaram à amiga que os acompanhava,
que vivia naquela cidade e falava alemão, o que a senhora estava
dizendo.
A
amiga então esclareceu que ela os recriminava por terem atravessado a
rua fora da faixa de pedestres e dado esse mau exemplo à criança.
“Como podem fazer isto diante de uma criança e depois exigir que faça o certo?”, falou a senhora.
“Como
poderemos deixar um filho sair na rua e confiar que obedecerá as leis
de trânsito, quando lhes damos o pior exemplo?”, acrescentou indignada.
Com certeza aquela senhora alemã agiu como cidadã que tem consciência de que a melhor pedagogia é o exemplo.
Quando
os amigos nos contaram esse episódio, ficamos a imaginar se em nossas
ruas alguém teria a coragem de tomar uma atitude dessas...
Por
aqui, é comum se ver os próprios pais arrastando seus filhos pela mão,
em correria, para chegar ao outro lado da rua, não muito longe da faixa
ou da passarela...
Não
é difícil perceber motoristas avançando o sinal, parando sobre a faixa
de pedestres, desrespeitando a sinalização. E muitas vezes têm os filhos
por testemunha.
Nós,
que desejamos mudar essa triste estatística de mortes por acidente de
trânsito em nosso país, precisamos agir com sabedoria.
Enquanto
os adultos não se educarem para mostrar como se faz, não se pode
esperar um panorama melhor no futuro, pois a base, que são as crianças,
estará comprometida.
E as mortes no trânsito são apenas um dos fatores resultantes da deseducação. E causam bastante infelicidade e prejuízos.
Há também o fator corrupção, que tanta desgraça tem causado em nossas vidas.
Quando
pais ou mães são abordados pelo guarda de trânsito, por terem cometido
uma infração qualquer, e começam a inventar mentiras diante dos filhos,
para se justificar, estão ensinando os filhos a ser desonestos.
O certo é que deveriam admitir que agiram equivocadamente, e assumir a multa.
O que se poderá esperar de um educando que recebe essas lições?
Existem
tantos outros exemplos, mas não é necessário relacionar todos eles para
se chegar à conclusão de que o exemplo arrasta, e que é preciso pensar
nisso.
Quantas mortes no trânsito não poderiam ser evitadas se os adultos só dessem boas lições às crianças!?
Quanta desonestidade deixaria de existir se os exemplos dos educadores fossem sempre de honestidade e honradez!?
Quanta violência não seria praticada se os exemplos de violência não fossem passados para a infância!?
Se
você concorda com essas argumentações, e está pensando que apenas o seu
exemplo não adiantará, pense na autoridade moral que terá diante do seu
filho, agindo certo.
Ainda
que todas as demais pessoas dessem maus exemplos, se você agir
corretamente terá o respeito do seu filho, e é isso que importa.
Pense nisso, e considere que uma criança poderá estar observando você e aprendendo com os seus exemplos, neste exato momento.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita