sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

LEMBRETES OPORTUNOS

“Você nasceu no lar que precisava nascer,
vestiu o corpo físico que merecia, 
mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento. 
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades… nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. 
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização. 
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade. 

Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. 
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência. 
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência. 
Não reclame, nem se faça de vítima. 

Antes de tudo, analisa e observa. 
A mudança está em tuas mãos.
 Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.

 Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” 

(Chico Xavier)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,

 

Uma linda mensagem:

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam…

Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro poderá não ser tão alegre…

Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa…

Que eu não perca os GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles podem acabar indo embora de nossas vidas…

Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer ou retribuir…

Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia…

Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que as pessoas que eu amo podem não sentir o mesmo sentimento por mim…

Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo poderão escurecer meus olhos…

Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos…

Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas…

Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo correndo o risco de ser o prejudicado…

Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos…

Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma…

Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela, muitas vezes, poderá me exigir esforços incríveis para manter a sua harmonia…

Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado…

Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno…

E, acima de tudo…

Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!

E que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um de nós é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois…


A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!

Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 24 de maio de 2017

CONVERSA ENTRE VOVÓ E NETINHX SOBRE SEXO.

depois de trocentos anos sem postar nada, depois de ver o Laerte-se no Netflix recebi esse texto encaminhado por uma rirmãzinha...
sou superfã da Elika, quando crescer quero ser parecidinha com ela...

Conversa entre vovó e netinhx sobre sexo.

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Dona Josefa é uma avó dessas adoráveis que dão trocado para os netos e frequentam teatros pela cidade. Acha-se prafrentex e orgulha-se de ser toda despida de preconceitos. Josefa tem umx netx Ricardx que anda apresentando, digamos, um certo desafio à família pelas limitações que o dicionários nos oferece. Fofa que é, foi conversar com elx demonstrando seu apoio e sua compreensão:
– Ricardo, meu neto, vovó te entende, mas seu pai tem lá os preconceitos dele. A homofobia é muito estrutural em nossa sociedade. Temos que ter paciência… Eu, por exemplo, demorei a entender, mas hoje eu sei que atualmente todo mundo é bi assim como você, não é mesmo? – disse a senhorinha toda moderninha e simpática.
– Vó , eu sou pan. – explicou Ricardo.
– Pan?, assustou-se Josefa, o que é isso?
– Pansexual. É quem curte qualquer tipo de pessoa.
– Bi, Ricardinho querido. Então, estou certa. Quem curte homem e mulher é bisexual, meu filho. Bi e pan é tudo a mesma coisa, querido.
– Não, vó. Não é bem assim… Eu me apaixonei por um trans não binário.
– E o que isso, Jesus? É uma máquina tipo um robô? Você se apaixonou por um computador tipo Her, aquele filme? Tudo bem se for isso também, meu neto. – disse ela hiper sincera porque quem ama entende e empatia está aí para ser usada nessas horas.
– Não, vó… eu também não sou esse cis que a senhora pensa.
– Ricardo querido, você não é o quê, meu bem? – perguntou a senhora com o zóio regalado.
– Cis, vó, é o antônimo de trans. Transgênero é pessoa que não se identifica com as características do gênero designado a ela no nascimento. O cisgênero fica deboa com a definição de gênero dada pelo órgão genital que possui no meio das pernas. Não é o meu caso agora. Isso que estou querendo te dizer.
– Bissexual não é trans?
– Nada a ver, vó. A senhora está confundindo tudo. A minha orientação sexual não tem nada a ver com a minha identidade de gênero.
Josefa procurava manter a naturalidade mas, lá no fundo, estava achando que aquilo estava longe demais de sua compreensão e isso a incomodava já que ela era dessas de amar também com a razão.
– Ricardo, meu filho, eu já havia convencido seu pai que não havia problema nenhum você ser gay quando você começou a demonstrar um jeito mais afeminado. Depois você apareceu namorando a Juliana e nos confundiu um pouco. Ok. Daí depois você se apaixonou pelo Leonardo e eu entendi quando você disse que era bissexual. Há mais do que isso, Ricardo?! – sondou a avó com certo temor.
– Pouca coisa, vó, tipo uma pequena infinidade. Eu me identifico mesmo com o gênero feminino agora. – disse Ricardx.
– Você está me dizendo que agora gosta de mulher, é isso?
– Não. Já te falei, vó. Você está confundindo orientação sexual com identidade de gênero. Estou dizendo que sou mulher, vó.
– Você então é um homem trans. Já ouvi esse termo. Entendi, querido.- disse a avó ainda tensa.
– Não. Sou uma mulher trans, vó.
– Você é uma mulher trans porque nasceu homem e se sente uma mulher, é isso? – tentou entender Josefa.
– A senhora está sendo preconceituosa falando assim, vó. – engrossou ela.
– Tô tentando entender, cacete!, descompensou-se a meiga da  dona Josefa. Onde está meu preconceito?
– Seu discurso define o que é natural e o que não é natural e isso não é nada bacana para a humanidade. – explicou Ricardx.
– Mas para ser mulher você não tem que operar e ficar igual a uma?
– Nada disso. Se eu me reconheço mulher eu sou uma mulher. Minha identidade de gênero não está instalada no meu genital e sim na minha mente.- disse Ricardx super segurx.
– Faz sentido. – raciocinou Josefa – Se gênero estivesse instalado no genital das pessoas, quando um homem tivesse seu pênis amputado em um acidente ele deixaria de ser homem.
– Sim,vó. Isso mesmo. E há mulheres trans que não tem dinheiro e saúde para operar ou simplesmente não querem, como eu.
– Mas você nem depila a perna como as mulheres! Como pode se sentir uma mulher assim com essas pernas cabeludas, Ricardo?
– Há mulheres que não se depilam, vó. Isso é cultural.
– Ok ok…, convenceu-se Josefa. E você namora o ‘que’ agora?
– Vó… reformule, vó, reformule pelamoooooordedeus. – avisou Ricardx.
– ‘Quem’ você namora, meu filho, quer dizer, minha filha, ai cacete, Ricardo, você está me deixando confusa! Você agora gosta de homem ou de mulher?
– Então, vó, é isso que estou querendo te explicar. Nem uma coisa nem outra.
– Como assim, meu pai? Como assim?!
– Juju não se sente confortável em se classificar em um dos gêneros. Como não posso apontar para essa pessoa e dizer se é homem ou mulher, também não posso me definir como hétero, homo ou bi nesse caso. Por isso, sou pansexual, vó, apaixonada por um trans não binário andrógino.
– Mas essa pessoa Juju nasceu homem ou mulher? – questionou a avó desconstruída parcialmente.
– O que importa? Desapega do dicionário, vó. Desapega que isso só gera sofrimento.
– Ok ok…
Dona Josefa percebeu que querer entender é tentar limitar com palavras (necessárias para qualquer explicação) as infinitas formas de ser e amar. Bobagem alimentar a ilusão de que conseguimos racionalizar sentimentos, pensou ela.
– Quer uns dinheirinhos para passear com Juju?
E foi ao teatro feliz e contente.



no blog https://elikatakimoto.com/2017/05/21/conversando-sobre-sexo-com-vovo/